sexta-feira, 2 de março de 2012

Mídias sociais viciam mais que bebida e cigarro

2.03.2012

Mídias sociais viciam mais que bebida e cigarro

Crédito da foto: Getty Images
Por  Nic Halverson

Se a vontade de ficar conectado 24 horas por dia o leva a fazer declarações exageradas sobre sua sensação de impotência, pode deixar o exagero de lado. Os resultados de uma nova pesquisa comprovam o que você já pressentia há anos: checar e-mails e mídias sociais vicia mais que cigarro e álcool.
Sob a direção de Wilhelm Hofmann, uma equipe da Escola de Negócios da Universidade de Chicago conduziu um experimento com aparelhos Blackberry para testar a força de vontade de 205 pessoas, com idades entre 18 e 85 anos, na cidade alemã de Wurtzburg.
Ao longo de uma semana, os participantes deveriam identificar sete vezes ao dia os desejos que sentiam e sua intensidade.
A equipe analisou milhares de respostas e chegou a alguns resultados significativos. Felizmente, o estudo mostrou que não somos todos escravos do vício e da distração, já que a necessidade de sono e lazer ocupa o topo da lista.
No entanto, no item “níveis de fracasso do auto-controle”, as mídias sociais, e-mails e trabalho ficaram na frente de um trago em um bom cigarro ou um gole daquele uísque 12 anos.
"O desejo de acessar as mídias sociais pode ser comparativamente maior devido à grande disponibilidade e à sensação de que ‘não custa muito’ se dedicar a essas atividades, mesmo se a pessoa quiser resistir”, explicou Hofmann ao Guardian.
"Cigarros e álcool envolvem mais custos – monetários e de longo prazo – e a oportunidade nem sempre é adequada”, acrescentou Hofmann. "Embora ceder aos apelos das mídias acarrete menos consequências, o uso frequente ainda ‘rouba’ muito tempo das pessoas”.


Realmente, tem pessoas que são viciadas, que não deixam o i-phone ou o notebook por nada. Seja quando estão no trabalho, nos eventos, na hora do almoço etc, estão sempre conectadas, informando tudo que está fazendo naquele momento. Fica difícil até aproveitar um momento de lazer, como uma praia, um cinema, um teatro, porque tem que "desligar" por um instante. Essas pessoas não acham que seja vício, mas sim porque não pode deixar de estar bem informada com o que está acontecendo no mundo.
E nós, "os mais de 50", como vivemos no nosso tempo sem toda essa nova tecnologia? Tínhamos uma vida tranquila, íamos para as festas matinées, brincávamos de roda e outras brincadeiras com os amigos na porta de casa, encontrávamos nossa turma no cinema às tardes de domingo e brincávamos de bola, de corda ou de amarelinha no pátio da escola na hora do recreio. Era um contato direto e caloroso. Nada virtual.
Hoje, a criança quando começa a falar, já quer um celular.
Eu "compartilhei" meu leite materno, com um coleguinha de berçário que foi deixado pela mãe. Hoje, compartilhar é palavra do facebook.
Curti muita festa de arromba nos Clubes da minha cidade natal. Hoje, vivo curtindo no face sem sair do lugar, sem me movimentar, só meus dedinhos.....
Imaginem essa nova geração daqui prá frente! As brincadeiras, na frente da telona, os contatos sociais, pelo facebook ou pelo celular, os namoros pela internet. E o abraço, o beijo, o carinho, as boas maneiras, o contato afetivo...aonde vão ficar? Será que não vamos nos transformar em robôs?
Vamos ficar atentos!

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