"SEJA POBRE, MAS SEJA NOBRE"

Essa frase eu sempre ouvia da minha mãe, com toda a sua sabedoria. Ela que estava sempre ali batalhando para nos dar uma vida melhor, nos colocar em colégios bons, e nos dar uma boa educação doméstica. O respeito aos outros, a honestidade, a verdade, e a solidariedade, eram os elementos primordiais da nossa educação.  Os deveres também tinham que estar antes de qualquer coisa. “Primeiro a obrigação, depois a diversão”.  Essa obrigação era com os nossos deveres da escola, a colaboração nos trabalhos domésticos, a ida à igreja aos domingos. Depois podíamos brincar à vontade!

Ela não nos fez RICOS, mas nos fez NOBRES. Nobres em educação doméstica. O que está difícil se ver hoje em dia.

Muita gente pensa que o RICO é mais educado, porque estudou em bons colégios, tem nível superior, doutorado, mestrado etc. Deveria ser, já que o dinheiro lhe deu essa chance. Mas muitas vezes, isso o torna orgulhoso, arrogante, egoísta e pensa que o dinheiro está acima de tudo e que o mundo inteiro está a seus pés.

Observo em lugares públicos; praça de alimentação de shoppings, cinemas, salas de show.  Não custa nada a pessoa sair e levar sua bandeja até a lixeira mais próxima, depositar seu lixo no local certo.  O cinema, entre uma sessão e outra, mesmo tendo lixeiras para se colocar o copo da pipoca e do refrigerante que tomou, as pessoas largam tudo no chão e os funcionários tem que entrar e limpar tudo de novo.  Alguns atendem o celular, mesmo depois do aviso para desligar....

Não estou condenando o Rico, porque não existe coisa pior do que o Pobre “barraqueiro”.  Gente que adora aparecer em lugares públicos, falando alto, procurando confusão.  Principalmente quando ele se sente discriminado.

A pessoa que se sentir humilhada, discriminada ou lesada, deve sim procurar seus direitos, mas fazendo isso com dignidade, diplomacia, não precisa fazer “barraco”, chamar atenção em público, mesmo que o sangue lhe suba à cabeça.  Procure a autoridade competente e registre sua queixa.

O que difere uma pessoa de outra, não é o dinheiro ou a instrução que ela tenha, mas a educação. A educação de berço.