"Oia o S. João aí gente!
A mió festa do mundo já cumeçou. Vamo lá pro arraiá cumê mio verde, cangica, bolo de puba, bolo de aimpim, menduim, pamonha e inchê a cara de licor de jinipapo e maracujá.
Dispois de bem limentado, a gente dança quadria, sobe no pau de sebo, sorta fuguete, pula fuguera e arruma um parcero prá arrastá o pé a noite toda! Só num pode sortá balão pro mode num quemar as mata.
O pobrema é arrumar home, pruquê os que tem já tem dona. Aí as muié dança c'as muié mermo. Abre uma roda e todo mundo cai na fulia. O negóço é num ficar parada!
Vamo lá! Viva S.João!"
Na minha infância no interior, era mesmo a melhor festa do mundo! A gente vestida de caipira, com aqueles vestidos rodados, cheios de babados, saíamos pela vizinhança perguntando se S.João passou por ali, e éramos recebidos com licores e todas as iguarias juninas. Depois ficávamos em volta da fogueira, tocando fogos e assando milho, brincando de roda e cantando as músicas juninas.
Saudades desse tempo bom que não volta mais!
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